A eventual acusação contra José Sócrates terá de estar concluída até 15 de Setembro. O prazo foi fixado esta quarta-feira pelo director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Amadeu Guerra.
Uma nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) lembra que Amadeu Guerra dera em Novembro três meses ao procurador responsável pela “Operação Marquês” para facultar elementos que lhe permitissem fixar um prazo para a conclusão do inquérito. Após o fim do inquérito, poderá haver arquivamento ou acusação.
Na nota enviada para as redacções, a PGR adianta que se aguarda ainda a resposta a três cartas rogatórias, justificando também o tempo que tem levado a investigação pela “vasta prova a analisar e relacionar”.
A Operação Marquês conta com 12 arguidos, entre os quais José Sócrates, que esteve preso preventivamente no estabelecimento prisional de Évora mais de nove meses.
O ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de Novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito.
Recentemente, o Ministério Público enviou para as autoridades angolanas uma carta rogatória para constituir arguido o empresário luso-angolano Helder Bataglia, por suspeitas de ter havido pagamentos relacionados com a aprovação do empreendimento Vale do Lobo, Algarve, quando José Sócrates era chefe do Governo.