O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, cujas hospitalizações secretas suscitaram polémica, delegou funções depois de ter sido novamente internado no domingo, anunciou a defesa norte-americana.
Lloyd Austin delegou funções na vice-secretária da Defesa, Kathleen Hicks, por volta das 16h55 (21h55 em Lisboa), estando previsto que fique hospitalizado durante a noite, indicou o porta-voz major-general Pat Ryder, num comunicado publicado no site do Pentágono.
O chefe do Pentágono, diagnosticado com cancro da próstata e recentemente operado, foi levado para um estabelecimento militar nos arredores de Washington devido a um aparente problema de bexiga.
Pat Ryder tinha inicialmente dito que Austin "foi para o hospital com os sistemas de comunicações confidenciais e não confidenciais necessários ao desempenho das funções", embora acrescentando que Hicks estava pronta a assumir as funções, se necessário.
O Pentágono sublinhou que desta vez a Casa Branca foi imediatamente notificada da hospitalização de Austin, ao contrário do que aconteceu em janeiro.
Em 01 de fevereiro, o secretário da Defesa pediu desculpas publicamente pela forma como reagiu depois de ter sido diagnosticado com cancro da próstata, admitindo que devia ter comunicado o internamento hospitalar.
"Quero ser claro. Não agi corretamente", admitiu o chefe do Pentágono, perante os meios de comunicação social, numa mensagem em que assumiu "total responsabilidade" pelos erros.
O secretário da Defesa, de 70 anos, prometeu na altura que, caso a situação se repetisse, haveria uma notificação imediata.
Austin tinha previsto viajar na terça-feira para uma reunião em Bruxelas sobre a situação na Ucrânia, seguida de um encontro dos ministros da defesa da NATO.