A diretora da Obra Católica das Migrações discorda da visão de Carlos Moedas sobre a imigração, referindo que o autarca lisboeta "só olha para o lado económico, mas os migrantes não são só números".
À Renascença, Eugénia Quaresma refere que a estratégia do presidente da Câmara de Lisboa é "insuficiente".
"Não basta só olhar para os contratos de trabalho. Temos de olhar para as condições de habitabilidade. É necessário termos um plano verdadeiro de acolhimento e integração de imigrantes", apela.
A diretora da Obra Católica das Migrações acredita que é necessário atuar para que situações de sobrelotação, como a da tragédia na Mouraria, não voltem a acontecer.
"Não é nova esta situação, agora chegamos a um ponto em que não podemos fechar os olhos. Temos de agir de forma responsável e humana", aponta.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, desafiou o Governo a recuperar os contingentes de imigrantes e critica a criação do visto que permite a entrada de estrangeiros no país durante seis meses para procurarem trabalho, numa entrevista ao programa "Hora da Verdade" da Renascença e do jornal "Público",