A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, avisa que a posição da União Europeia sobre a Venezuela "pode resultar num banho de sangue", explicando que o BE não acompanha nem Maduro nem Guaidó, mas uma mediação internacional para eleições livres.
Durante uma iniciativa na Feira de Espinho, no âmbito das jornadas parlamentares do BE, Martins foi questionada, esta segunda-feia, pelos jornalistas sobre o reconhecimento pelo Governo português de Juan Guaidó "como Presidente encarregado de convocar eleições livres e justas na Venezuela".
"A atitude da União Europeia em reconhecer Guaidó como Presidente pode resultar num banho de sangue. O Bloco de Esquerda não acompanha nem Nicolas Maduro nem Guiadó", acentuou.
A solução, segundo a coordenadora do BE, é que haja "uma mediação internacional para eleições livres, para eleições que permitam uma solução escolhida pelo povo venezuelano, que evite um banho de sangue".
"Muito antes de qualquer outro partido em Portugal e quando Nicolás Maduro era recebido e recebia visitas dos mais altos representantes de PSD, CDS e PS já o Bloco de Esquerda alertava para a deriva autoritária de Nicolás Maduro e para os muitos problemas da Venezuela", lembrou.
Nessa altura, como "estavam a fazer negócio, resolveram fechar os olhos", criticou Catarina Martins.
"Agora, em nome do negócio também, há uma ingerência externa para ver quem é que vai ficar com o petróleo da Venezuela", condenou.