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O bispo das Forças Armadas, D. Rui Valério, pediu esta sexta-feira aos peregrinos presentes em Fátima que sejam testemunhos da vida em união com Cristo.
Considerando que “será na nossa vida de comunhão com Cristo que muitos dos nossos irmãos e irmãs encontrarão alento e estímulo para eles próprios viverem aquela experiência de união com o Senhor,” D. Rui Valério lançou o desafio: “seja esta a nossa proposta para o mundo: mostrar a nossa experiência de vida com Cristo”.
Os cristãos devem dar testemunho dessa experiência “na vida quotidiana, para que todos os que observarem a forma como vivemos se interroguem acerca do seu significado mais profundo e se sintam atraídos e fascinados com a vida cristã”.
Desta forma, diz D. Rui Valério, “toda a riqueza que possuímos no coração e na vida se revelará preciosa se não ficar escondida dentro das paredes das nossas igrejas, ou nos espaços das nossas paróquias, ou nos silêncios da nossa timidez”.
Isso ajudará as pessoas a perceberem que só o amor de Deus é capaz de preencher o vazio que sentem, sublinha o bispo das Forças Armadas.
Defendendo que “nada esvazia tanto o coração humano como a escassez do amor”, D. Rui Valério apontou que “o próprio mundo conhece momentos de aridez e de secura; de secura interior, humana, espiritual”.
Por outro lado, reconheceu que “também é verdade que o ser humano tem pavor aos vazios e, por isso, tenta colmatá-los com a embriaguez do consumo que hoje inclui não só bens materiais, como também bens imateriais”.
“Somos devorados por um consumismo afetivo e até mesmo espiritual numa busca desenfreada de experiências cada vez mais inovadoras e radicais”, frisou, concluindo que “só o amor nos salva e nos preenche, construindo e reconstruindo a vida a partir das ruínas em que nos encontramos”.
O bispo pediu ainda que as pessoas abram o coração a Maria. Foi Ela que, quando o mundo estava mergulhado na angústia da guerra, veio dizer, em Fátima, que Deus não desiste de nós, por isso, o mundo não está perdido, conclui.