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O PSD decidiu e garante que vai até ao fim na decisão: votará a favor da revogação da descida da taxa social única (TSU).
O Bloco de Esquerda e o PCP já entregaram os pedidos de apreciação parlamentar do decreto do Governo e a conferência de líderes deve agendar, já esta quarta-feira, uma data para essa discussão que põe em causa o acordo alcançado em Dezembro na concertação social.
No texto que acompanha a iniciativa, o Bloco de Esquerda aproveita para criticar a política laboral do anterior Governo, mas mesmo assim os sociais-democratas garantem que votam ao lado da esquerda.
Fontes da direcção da bancada disseram à Renascença que não tem qualquer fundamento a ideia lançada pelo presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, de que a eventual radicalidade dos textos pudesse impedir um voto do PSD ao lado da esquerda.
Se é certo que militantes de peso como Manuela Ferreira Leite ou Luís Marques Mendes criticaram publicamente a decisão de Pedro Passos Coelho, internamente o PSD parece estar de acordo.
Na bancada social-democrata e na direcção do partido, várias fontes garantem à Renascença que as fortes críticas feitas na SIC pelo comentador e antigo presidente do partido Marques Mendes caíram muito mal junto dos militantes de base e - em ano de eleições autárquicas - acabaram por levar a um cerrar de fileiras que pode resultar num maior apoio ao actual líder.
Dentro da direcção de Passos Coelho, são vários os que não hesitam em dizer que acabou o tempo de dar condições ao Governo e que, a partir de agora, António Costa não conta com o PSD para lhe dar a mão quando a esquerda falha.
A descida da TSU foi o pretexto que Passos Coelho esperava para inaugurar "um ano novo com nova estratégia" na oposição, como já se diz na bancada social-democrata.