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A Inspecção-Geral de Actividades em Saúde (IGAS) vai investigar os casos de contágio de sarampo no Hospital de Cascais, anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
A notícia é conhecida dois dias depois de uma jovem de 17 anos, que contraiu sarampo durante um internamento no Hospital de Cascais.
A jovem foi transferida para o Hospital D. Estefânia, e, Lisboa, mas não resistiu ao vírus e acabou por falecer.
A adolescente não estava imunizada contra o vírus porque, devido a problemas de saúde, não conseguiu tomar a segunda dose da vacina, disse um amigo próximo da vítima, que recebeu autorização da família desta para falar com a Renascença.
"Apesar de não ter tido a segunda dose da vacina, tinha a primeira. Mas teve uma reacção grave depois de tomar a primeira e por precaução, e com medo de uma possível reacção mais grave, não foi tomada essa segunda dose", disse à Renascença o amigo da vítima, que pediu para não ser identificado.
A vítima tinha um “historial vasto de problemas de saúde, desde criança”, explica. Os tratamentos por esses problemas afectaram o seu sistema imunitário o que, segundo o amigo, terá estado na origem da reacção adversa à vacina.
Já o "Expresso" avançou que a jovem não tinha sido vacinado por opção familiar. Segundo o jornal, a mãe da jovem é antivacinas.
O amigo próximo da família nega esta tese, argumentando que as irmãs da rapariga de 17 anos que morreu de sarampo são vacinadas. Tanto a mais velha como a mais nova receberam as vacinas, incluindo de sarampo.
Além desta jovem, foram registados mais casos de sarampo no Hospital de Cascais, entre os quais profissionais de saúde que terão sido contaminados por uma criança doente que não estava vacinada e ali foi internada.
Até ao momento, foram registados 21 casos de sarampo no surto epidémico que afecta Portugal.