Cerca de uma centena de pessoas em alta social, vai ser retirada dos hospitais para outras instituições, adianta, à Renacença, a vice presidente do Instituto de Segurança Social, Catarina Marcelino.
A entrada no inverno, o aumento do número de casos de covid e a pressão junto das unidades hospitalares, levam a Segurança Social a acelerar o processo.
A prioridade vai, para já em retirar dos hospitais com maior pressão.
"Estamos a começar pelos hospitais maiores de Lisboa, do Porto e um da zona de Aveiro. E estamos a retirar entre sexta-feira e terça-feira, cem camas e cem pessoas para lares de idosos", explica Catarina Marcelino.
Desde o início da pandemia que foram já retiradas mais de 3 200 pessoas dos hospitais.
Catarina Marcelino,
defende que o esforço dos próximos três dias vai continuar, até porque os utentes
em alta social "precisam de um apoio adequado à sua condição".
"Estamos a fazer um esforço maior, mas queremos continuar a apoiar os hospitais. Não é só apoiar o SNS, é também dar condições às pessoas que não devem estar nos hospitais. São pessoas que precisam de apoio social", aponta.
Para além deste processo, permanecem ainda cerca de 130 pessoas em situação de alta social.
A vice presidente do Instituto de Segurança Social considera que a retirada destes doentes é muito importante para aliviar a pressão dos hospitais sobretudo nos grandes centros.
"Estamos a falar de todos os hospitais do país. Há sítios que têm só duas ou três pessoas, mas nos grandes hospitais temos números muito elevados. No Amadora-Sintra temos números que chegam a 40 pessoas. Se retirarmos 20, fazemos uma redução de 50%", exemplifica.