O presidente norte-americano deixou um forte alerta sobre os perigos relativos às ameaças nucleares do presidente russo, Vladimir Putin.
Esta quinta-feira, durante uma ação de angariação de fundos para o Comité de Campanha do Senado Democrata, em Nova Iorque, Joe Biden disse que “pela primeira vez, desde a crise dos mísseis cubanos, temos uma ameaça direta do uso de armas nucleares, se realmente as coisas continuarem no caminho que estão a tomar”, sublinhando que a ameaça russa de utilizar armas nucleares no conflito da Ucrânia coloca o mundo em risco de um "apocalipse".
De recordar que, em 1962, os Estados Unidos, sob a presidência de John F. Kennedy, e a União Soviética, sob a liderança de Nikita Khrushchev, estiveram muito perto do uso de armas nucleares, devido à presença de mísseis soviéticos em Cuba.
Durante o evento, em Nova Iorque, o presidente dos Estados Unidos também disse que conhece o líder russo "bastante bem" e por isso entende que Putin "não está a brincar quando fala sobre o uso potencial de armas nucleares táticas ou armas biológicas ou químicas”.
Na ocasião em que anunciou os planos de uma mobilização parcial, no passado dia 21 de setembro, Vladimir Putin disse que usará todos os meios que tem à disposição, no caso de a integridade territorial da Rússia vir a ser ameaçada, sublinhado que tal consideração “não é um bluff”.
O Secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken considerou que as autoridades dos EUA estarão prontas para a via da diplomacia com a Rússia, caso Moscovo mostre esse interesse, embora seja um cenário que não antevê, por enquanto. "Todos os sinais neste momento, infelizmente, apontam na direção oposta", disse perante jornalistas, em Lima.
Blinken lidera a delegação dos Estados Unidos à 52ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acontece até esta sexta-feira, na capital do Peru.