Miguel Albuquerque vai pedir o levantamento da imunidade e garante que vai esclarecer na justiça todas as suspeitas que recaem sobre si. O Presidente do Governo Regional da Madeira, que falava aos jornalistas nesta quinta-feira, diz estar de consciência tranquila.
O presidente do Governo Regional da Madeira, que falava no Funchal, garantiu que vai defender o seu bom nome. "Não violei nenhuma regra, nem interferi em nenhum destes concursos públicos. Tenho o direito de me defender, o meu caráter e a minha honra."
Na quarta-feira, a PJ fez mais de 100 buscas em vários pontos do país, mas que tinham a corrupção na Madeira no cerne da investigação. Terminaram com três detidos, dois empresários ligados ao grupo de construção AFA e o presidente da Câmara Municipal do Funchal. Miguel Albuquerque, do PSD, foi constituído arguido, mas não foi detido. Esta quinta-feira, o presidente do governo Regional sublinhou que "os políticos não têm os seus direitos diminuídos por serem políticos".
Questionado diversas vezes sobre o que distinguia a sua situação atual daquela que levou António Costa a demitir-se do cargo de primeiro-ministro, a 7 de novembro, o político madeirense nunca respondeu. Na altura, em declarações à Antena 1, Albuquerque era favorável ao pedido demissão do chefe do executivo: "A demissão parecia-me quase inevitável porque, com um ministro constituído arguido e com o próprio chefe de gabinete detido, para o primeiro-ministro era muito difícil continuar a governar nestas circunstâncias."