O silêncio no PS assusta. Os senadores, os delfins e os putativos candidatos nada têm a dizer perante o multiplicar dos casos? Não será preciso imitar Brutus e espetar a faca a César, mas pelo menos uma palavra de bom senso era necessária.
O incómodo que os jornalistas vão conhecendo em surdina precisa de ser assumido de viva voz, caso contrário parece que no PS só há apenas um ritmo – o de António Costa.
Não há indignação no PS?
Para lá de Costa não há ministros? A ministra da Agricultura não pode apenas baixar os olhos e evitar responder às perguntas da Comunicação Social. Qual o limite da sua responsabilidade neste caso? Ou não foi ela a responsável pelo convite a Carla Alves ou se foi tem que seguir os passos de Pedro Nuno Santos e demitir-se.
Cada um dos casos em que o governo tem estado envolvido, por si só podia ser uma nota de rodapé deste executivo, mas o conjunto de todos eles mostra uma “ética republicana” muito desfocada, quer na gestão política de todos os processos quer no comportamento de cada demitido.
E em todos estes casos há uma presença permanente que tudo liga – a suspeita de atos de corrupção. Uma vez mais a ética republicana sai ferida e, no final, este acumular de situações tem a consequência de afastar cada vez mais as pessoas do fenómeno político.
De solução em solução, parece que o “LinkedIn” do Governo está contaminado: falta apenas saber se estará ferido de morte.