Menos nascimentos, menos casamentos e mais mortes. Os últimos meses confirmam o cenário de inverno demográfico em Portugal, com fevereiro a ter registado quase mais três mil mortes em relação aos nascimentos no mesmo período.
Segundo números divulgados esta sexta-feira pelo INE, em fevereiro de 2024 registaram-se 6 159 nados-vivos - uma descida de quase 13% em relação ao mês anterior, quando houve mais de sete mil nascimentos.
Assim, o saldo natural foi de menos 2.987 nascimentos em relação a mortes no mesmo período. Em fevereiro de 2023, o saldo natural tinha sido pior: mais 4.612 mortes que nados-vivos.
Em fevereiro de 2024, registaram-se 9.139 óbitos, valor inferior ao registado em janeiro de 2024 (menos 4.315 óbitos; -32,1%) e em fevereiro de 2023 (menos 1.710 óbitos; -15,8%).
Quanto a casamentos, foram registados 1.423 casamentos no mês de fevereiro - menos 111 que no mês anterior e menos 135 que no mesmo mês do ano passado.
Nos dados de março que o INE divulga esta sexta-feira, foram registados 10.440 óbitos no mês de março, mais 1.281 que no mês anterior, mas menos 144 que no mesmo mês do ano passado.
No mês passado, o Eurostat avançou que a taxa de natalidade na União Europeia recuou, em 2022, para os os 1,46 nascimentos por mulher, com Portugal a recuperar para 1,43 face à quebra do ano anterior. Para além de ter visto a taxa de fertilidade subir, Portugal registou ainda, no ano de referência, a segunda maior percentagem de primeiros filhos (54,0%), depois do Luxemburgo (54,4%) e acima da média da UE (46,3%).