Armando Evangelista analisou a próxima edição da I Liga, referindo a quebra de um estigma dos recém-promovidos, e desmentiu uma possível saída do comando técnico do Arouca no último defeso, após garantir a manutenção.
No período de transição entre o final da época e a pré-temporada, surgiram rumores na imprensa de que o técnico poderia estar de saída para o estrangeiro. No entanto, Evangelista mostrou-se perentório em entrevista à Lusa e garantiu que não passaram de rumores.
"Houve uma ou outra situação em que me ligaram a perguntar a disponibilidade, mas a minha resposta foi sempre a mesma: tenho mais um ano de contrato. E ia ficar porque o meu foco é no Arouca. Saíram algumas notícias, mas sem fundamento", revelou.
Na última edição do campeonato, as três equipas recém-promovidas (Arouca, Vizela e Estoril Praia) mantiveram o treinador e acabaram por consolidar a manutenção, algo que, segundo Evangelista, ajudou a quebrar o estigma de "sobranceria" pelos clubes que chegam da II Liga.
Esta temporada, a fasquia está ainda mais alta porque os três recém-promovidos (Rio Ave, Chaves e Casa Pia) estão melhor "estruturados e com melhor noção da exigência da I Liga".
"O Rio Ave há dois anos estava nas competições europeias, não perdeu estrutura, adeptos, nada, foi um acidente de percurso. O Desportivo de Chaves idem aspas. Poderemos chamar surpresa para quem não está dentro do futebol, mas o crescimento do Casa Pia tem sido fantástico", considerou.
Sobre os "gansos", o técnico acrescentou que se trata de "um clube que se tem estruturado de forma fantástica, preocupado em crescer e dar condições a quem lá trabalha".
Além disso, "há muito equilíbrio" no nível de contratações de todos os clubes do campeonato, além da melhoria de infraestruturas em vários emblemas.
"O nível vai voltar a subir, para o bem de todos, e vai ser imprevisível. É pena ainda haver a discrepância entre o topo da tabela e os restantes, mas estes estão cada vez mais competitivos, com capacidade de se aproximarem. Não do topo, mas dos lugares lá perto", constatou.
Os arouquenses não ficaram atrás e desde cedo começaram a recrutar. No total, são 12 os reforços para consolidar o clube na I Liga: os guarda-redes Ignacio de Arruabarrena e João Valido, os defesas Tiago Esgaio (prolongamento de empréstimo), Bogdan Milovanov, Jerome Opoku, Rafael Fernandes e Mustafa Kizza, os médios Morlaye Sylla, Oriol Busquets e Ismaila Soro, e os avançados Rafa Mújica e Vitinho.
"Em termos de exibições, o Arouca esteve num nível muito aceitável, mas também é importante fazer a equipa crescer nesse aspeto. Houve a preocupação de que os reforços chegassem o mais rápido possível, é [um número] significativo dentro de um grupo e o processo de adaptação. No que toca a competir, não vamos virar a cara, não vamos abdicar. Sabemos onde queremos ir e qual o objetivo principal", atirou.
O 15.º classificado da última edição do campeonato marca o regresso à competição oficial com uma deslocação ao estádio da Luz, diante do Benfica, no dia 05 de agosto