O Papa Francisco encontrou-se, esta quinta-feira de manhã, com um grupo de quinze jovens peregrinos ucranianos, na Nunciatura Apostólica.
O encontro durou cerca de 30 minutos e, no fim, o "Papa e os jovens recitaram juntos o Pai-Nosso, com o pensamento voltado para a martirizada Ucrânia”, de acordo o Vaticano.
À Renascença, o bispo russo de Saratov, Clemens Pickel, diz que é um bom sinal que o Papa tenha tomado esta iniciativa.
“É bom, sem dúvida. Este é um momento muito duro para os jovens na Ucrânia, em especial. E para outras pessoas também. É um sinal de amizade, de piedade de Deus, que ele tirou algum tempo em especial para estar com eles”, diz.
Ainda assim, o bispo alerta que é preciso ter cuidado em atribuir um sentido especial – geopolítico – sobre a guerra na Ucrânia.
“Devemos ser cuidadosos com a palavra simbólico. O santo padre é um jesuíta, quer dizer que ele é homem muito inteligente e simples - simples no sentido dos evangelhos. Acho que não há necessidade de um sentido especial, um sinal. Ele queria conhecê-los e conheceu-os. É muito bom”, afirma.
Recorde-se: o bispo auxiliar de Lisboa e coordenador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), D. Américo Aguiar, há alguns meses, falou sobre um possível encontro entre peregrinos ucranianos e russos na JMJ, mas essa iniciativa acabou por não avançar.