O Governo garante que os tarefeiros contratados por vários agrupamentos escolares são apenas casos pontuais, para suprir a falta de assistentes operacionais.
“Em muitos casos, estamos a falar de horas pontuais e não de contratos feitos a tempo inteiro a esse valor. Não é disso que estamos a falar, estamos por vezes a falar de prestações pontuais nas escolas para colmatar algumas carências pontuais, também por baixa médica”, garante o secretário de Estado da Educação.
João Costa reage assim à notícia desta sexta-feira sobre a contratação de tarefeiros para fazer face à escassez de funcionários (os chamados contínuos) nas escolas. Segundo o JN, em três semanas e até quarta-feira, quase uma centena de agrupamentos abriu concursos para admitir 536 tarefeiros, que receberão 3,82 euros ilíquidos à hora para tapar buracos nas escalas de trabalho.
Aos jornalistas, o secretário de Estado preferiu realçar “o caminho principal”, que “é este reforço maciço [de 2.500] assistentes operacionais a que assistimos nos últimos dois anos”.
Mas este reforço não será ainda suficiente. Os diretores das escolas públicas queixam-se da falta daqueles assistentes e na segunda-feira desmentiram mesmo a ideia de normalidade sinalizada pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a propósito do arranque do novo ano letivo.
Um dos problemas "é o défice de assistentes operacionais, contra o qual as escolas têm lutado sistematicamente nos últimos anos", referiu à Renascença o presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP).