Deputados socialistas juntam-se ao PCP por um cessar-fogo em Gaza
11-12-2023 - 15:56
 • Manuela Pires

Os socialistas Tiago Brandão Rodrigues, Jamila Madeira, Isabel Moreira, Miguel Costa Matos e a bloquista Joana Mortágua assinam o apelo por um cessar-fogo sustentado e duradouro na Faixa de Gaza.

A iniciativa partiu do Partido Comunista Português, mas o apelo a um cessar-fogo na Faixa de Gaza conta com a assinatura de vários deputados do Partido Socialista, entre eles, o ex-ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues; o líder da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos; Isabel Moreira ou Jamila Madeira. Para além dos deputados do PCP, este abaixo-assinado conta ainda com o nome da bloquista Joana Mortágua.

Os deputados apelam ao “estabelecimento de um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado que conduza à cessação da atual escalada de violência na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel”. O texto lembra ainda que este é um apelo da ONU e uma exigência de milhões de pessoas em todo o mundo.

O apelo, que é assinado por 22 deputados, lembra que a assembleia geral das Nações Unidas adotou uma resolução, em outubro, sobre a proteção dos civis e o cumprimento das obrigações legais e humanitárias “face à grave deterioração da situação na Faixa de Gaza e nos restantes territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém Leste, e em Israel”.

Essa resolução apelava também a uma trégua humanitária imediata e duradoura que conduza à cessação das hostilidades e “exige o fornecimento imediato, contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais aos civis em toda a Faixa de Gaza”.

Este abaixo-assinado conta com vários deputados socialistas, pelo PCP assinam a líder da bancada parlamentar Paula Santos, os deputados Bruno Dias e Alma Rivera.

O conflito entre o Hamas e Israel já conta com mais de 16 mil mortos em apenas oito semanas. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou a um cessar-fogo imediato e admitiu que a situação humanitária em Gaza está no ponto de colapso, com a ajuda humanitária da ONU praticamente impossibilitada, uma vez que as instalações da ONU são bombardeadas.