A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) saudou o anúncio de criação de 21 novos cardeais, feito este domingo pelo Papa, destacando a “reforçada atenção pastoral à Igreja universal” de Francisco.
“Pelas afinidades linguísticas e culturais, e pela cooperação mais estreita sobretudo a nível litúrgico e nos encontros de bispos lusófonos, a CEP exprime uma saudação muito especial ao arcebispo de Díli, Timor-Leste (Virgílio do Carmo da Silva), aos dois arcebispos do Brasil (Leonardo Ulrich Steiner, de Manaus, e Paulo Cezar Costa, de Brasília) e ao arcebispo de Goa e Damão, Índia (Filipe Neri António Sebastião do Rosário Ferrão)”, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA.
O documento destaca que os futuros cardeais vão “assumir um apoio mais direito ao ministério do bispo de Roma, o Papa Francisco”.
“Nesta hora em que o Santo Padre procura a reforma da Cúria Romana através da nova constituição ‘Praedicate Evangelium’, desejamos que os cardeais, na sua missão ao serviço da Igreja universal, contribuam para a renovação da Igreja e sua presença significativa na sociedade”, indica a CEP.
O primeiro consistório para a criação de cardeais desde finais de 2020 foi marcado pelo Papa para o dia 27 de agosto.
Francisco anunciou ainda que, a 29 e 30 de agosto, vai promover uma reunião de todos os cardeais, para refletir sobre a nova constituição para a Cúria Romana, os serviços centrais de governo da Igreja Católica, um projeto central do atual pontificado.
O Colégio Cardinalício conta com cinco portugueses: D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário da Santa Sé, todos criados pelo Papa Francisco e eleitores num eventual conclave; D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito; e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos.
Os cardeais que podem eleger o futuro Papa, num eventual Conclave, foram criados pelos últimos três pontífices: João Paulo II (11), Bento XVI (38) e Francisco (83 eleitores).
Do ponto de vista geográfico, os cardeais eleitores serão distribuídos da seguinte forma: Europa – 54, América – 38, Ásia – 20, África – 17 e Oceânia – 3.