O Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro. reconhece que a Igreja “chegou tarde”, mas acredita que ainda vai a tempo de fazer justiça para com as vítimas de pedofilia.
“Creio que a sociedade chegou tarde e a Igreja também, mas estamos em tempo de juntos com seriedade, justiça e caridade para com as vítimas, mas também todas as outras pessoas que foram afetadas, de cuidar de todas as feridas”, disse D. José Cordeiro.
O novo Arcebispo Primaz de Braga comenta, assim, os crimes de pedofilia no interior da Igreja Católica. Uma questão que suscitou uma “crise grande”, reconhece D. José.
“É uma crise grande a que vivemos, mas é uma crise de purificação porque é a verdade que nos liberta. A verdade pode custar, e estamos todos a sofrer com isto, mas é para que ela nos liberte e para que a Igreja seja um lugar acolhedor, seguro”, remata.
D. José Cordeiro tomou posse este sábado como Arcebispo Primaz de Braga numa cerimónia da Sé Catedral da cidade. Depois de 10 anos à frente da diocese de Bragança Miranda, D. José Cordeiro sucede a D. Jorge Ortiga na Arquidiocese de Braga.
A Igreja criou recentemente uma comissão, liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, para investigar os casos de abuso sexual nas dioceses portuguesas. Num mês de funcionamento,este grupo recebeu 214 depoimentos.