José Gomes está de saída do Marítimo depois da despromoção do clube da Madeira à II Liga. Em declarações à RTP Madeira, o treinador compara a descida de divisão à morte de um familiar.

"Ainda sinto aperto no coração pelas pessoas e por aquilo que sei que eles estão a sentir. É realmente um aperto que não sai. Só posso comparar à morte de um familiar próximo", disse, em declarações à RTP Madeira.

Gomes foi o terceiro treinador da época do Marítimo depois de Vasco Seabra e João Henriques.

José Gomes chegou durante a pausa para o Mundial e orientou toda a segunda metade da temporada. O clube desceu de divisão após disputar o "play-off" com o Estrela da Amadora, que perdeu nas grandes penalidades. O técnico justifica a descida com "erros de outras pessoas".

"Por erros, por más decisões, por desconcentrações, por deslizes, por incompetência, seja ela de que ordem for e, muitas vezes, por erros de outras pessoas que não têm a ver connosco e que nos prejudicaram em muitos jogos", atira.

Ainda assim, o treinador assume-se como responsável pela descida: "A responsabilidade no rendimento de uma equipa é como um bolo. Existem fatias para todos. Por muito que me tivesse custado, eu comi a minha parte. Sou responsável pelo que aconteceu", termina.

O Marítimo estava na I Liga desde 1985/86 e regressa à II Liga na próxima temporada.