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O candidato à liderança do PSD, Rui Rio, diz que ninguém pode dizer “jamais” a um Governo de bloco central, ou seja, de coligação entre sociais-democratas e socialistas.
No debate desta quinta-feira à noite na RTP, Rui Rio defendeu que, preferencialmente, o PSD deve ir a votos sem coligações. Não afasta uma coligação com o CDS, mas acha “pouco provável”.
“Acho que o PSD deve ir sozinho. Em caso de não haver maioria absoluta, aquilo que é normal é a coligação ser com o CDS”, defendeu.
Rui Rio não encontra “nenhuma circunstância extraordinária para que seja feito um bloco central” com o PS, mas nunca “se pode dizer ‘jamais’” em "nome do interesse nacional".
Dá o exemplo de um hipotético caso de emergência nacional, como um pedido de resgate em que a troika exija um governo de bloco central.
Santana rejeita bloco central
Se for eleito secretário-geral, Pedro Santana Lopes defende que, idealmente, o PSD deve ir sozinho a votos nas eleições legislativas.
O antigo primeiro-ministro excluiu “qualquer coligação com o Partido Socialista, antes ou depois das eleições”.
O passado acabou por marcar o primeiro debate entre os candidatos à liderança do PSD. Pedro Santana Lopes não gostou que Rui Rio lembrasse o que chamou de "trapalhadas" do seu Governo, que acabou por cair ao fim de poucos meses.
Rui Rio justificou a usa insistência na má experiência governativa de Santana Lopes porque considera que é isso que os portugueses vão julgar no momento de votar para primeiro-ministro. E terminou o debate voltando precisamente a esse ponto: pedindo aos militantes do PSD que se lembrem do que o país prefere.