O antigo ministro e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara vai a julgamento no caso Operação Marquês por um crime de branqueamento de capitais.
Na leitura da decisão instrutória, no Campus de Justiça, em Lisboa, o juiz Ivo Rosa ilibou Vara dos restantes crimes: um de corrupção passiva de titular de cargo político, um de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada.
Seis anos após ter sido detido no aeroporto de Lisboa, o ex-primeiro-ministro José Sócrates e os outros 27 arguidos da Operação Marquês ficaram hoje a saber por que crimes serão pronunciados.
O juiz Ivo Rosa anunciou que José Sócrates, o principal arguido da Operação Marquês, não será julgado pelos três crimes de corrupção passiva de que estava acusado. O antigo primeiro-ministro vai responder por seis crimes: três de branqueamento de capitais e três falsificação de de documentos.
Além de Sócrates, no processo estão também outras figuras públicas, como o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, o antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e Carlos Santos Silva, alegado testa-de-ferro do ex-primeiro-ministro e seu amigo de longa data.
No processo estão em causa 189 crimes económico-financeiros.
A fase de instrução começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus da Justiça, em Lisboa, sendo esta passível de recurso, caso os arguidos não sejam pronunciados nos exatos termos da acusação.
[notícia atualizada]