Apesar das críticas do antigo líder do PAN, Inês Sousa Real recusa deixar a liderança do partido.
Na última noite, na SIC Notícias, a representante do Partido Pessoas Animais Natureza admitiu a realização de um novo congresso, mas reforçou que só os militantes do partido vão decidir se há mudanças na direção.
“Aquilo que esta direção democraticamente optou por fazer foi convocar a auscultação de todos os filiados”, afirmou Inês Sousa Real.
A deputada explica que “o Congresso é um órgão meramente representativo, ou seja, os filiados não têm o poder de participar diretamente, tem que ser por representantes”, daí a decisão de “convidar todas e todos os filiados a fazer esta reflexão em conjunto e a decidir se querem um Congresso eletivo ou apenas um congresso de alteração estatutária”.
A porta-voz do PAN afasta assim a possibilidade de apresentar a demissão, depois de o antigo líder do PAN, André Silva, ter defendido que a atual direção devia deixar todos cargos.
Inês Sousa Real considera que o nome do partido "não está na lama", argumentando ter herdado “uma direção fraturada, um partido com dissidências internas”.
“Perdemos um eurodeputado sob a sua [André Silva] direção, perdemos uma deputada no Parlamento”, aponta.
Por isso, a líder do PAN olha para as acusações de André Silva como um "triste espetáculo", considerando que a conduta do antigo líder tem “intenções que não passam por um debate interno”.
“Não sei se [André Silva] quer voltar a ser porta-voz do PAN ou abrir caminho para Nélson Silva; o que sei é que há aqui uma atitude concertada que, a meu ver, é lamentável”, atira.
Inês Sousa Real fala ainda de um “ataque às causas” do PAN e apela “ao sentido de responsabilidade dos dissidentes” do partido.