Numa página apelativa, há informação sobre a doença, os diversos tipos de cancro, dúvidas sobre diagnósticos e tratamentos, mas também sobre os apoios aos doentes e familiares, os direitos e deveres e as associações a que é possível recorrer. E ainda há espaço para testemunhos e para a referência aos fatores de risco e às formas de levar uma vida saudável.
“É uma informação correta, robusta, credível do ponto de vista científico, mas acima de tudo, de fácil compreensão”, diz Ricardo Encarnação, diretor médico da Roche em declarações à Renascença.
Entre as diversas secções, destaca uma “particularmente interessante e útil”, com as perguntas a fazer ao médico, ao enfermeiro ou ao farmacêutico que acompanha o paciente. “O objetivo é que esteja informado”.
E lembra que há vários estudos internacionais que provam que a um nível mais elevado de literacia em saúde, correspondem melhores resultados e uma utilização mais eficaz dos recursos.
Ricardo Encarnação elogia o esforço das diversas entidades nacionais e a nível europeu, para aumentar o nível de conhecimento dos cidadãos em saúde.
Para já, o conhecimento está distribuído de forma muito heterogénea: “temos partes da população comum conhecimento aprofundado, que conseguem discutir com os seus profissionais de saúde, não digo de igual para igual, mas em parceria. E conseguem ter um papel muito ativo no controle da sua doença. No outro extremo estão aquelas pessoas que, ainda por cima confrontadas com um diagnóstico de cancro, não conseguem perceber quase nada do que lhes está a acontecer. Só têm como referência aquilo que ouvem das histórias de amigos ou familiares, umas que correram bem e outras, nem tanto”.
Para o médico, o nível de conhecimento tem muita influência na forma como as pessoas encaram a doença e como ela se vai desenvolver. Por isso, considera que “é preciso dar uma ajuda aos pacientes, familiares e profissionais de saúde para uma partilha da decisão clínica, de uma orientação conjunta dos passos necessários para o combate ao cancro, para o tratamento e idealmente, para a cura da doença oncológica”.
Esse é o contributo que a “infocancro.pt” pretende dar. “Combater a informação falsa que circula pela internet, é um imperativo”.
É uma plataforma dinâmica e vai estar em permanente atualização, garante Ricardo Encarnação.