Os 22 migrantes oriundos do Norte de África, que foram intercetados na segunda-feira ao largo de Vale do Lobo, Quarteira, vão ser presentes ao Tribunal Judicial de Loulé nesta terça-feira.
O objetivo é que lhes sejam aplicadas medidas de coação, com vista à instauração de processos de afastamento coercivo por permanência irregular em território nacional, refere um comunicado do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) enviado à Renascença.
Os migrantes são todos do sexo masculino e foram detetados por um pescador, que logo avisou a autoridade marítima de Faro. O grupo acabou por ser intercetado às 4h50, “já a iniciar o desembarque em Vale do Lobo” e foi encaminhada para o porto de Quarteira.
A partir daí, os homens, que dizem ter partido da cidade de El-Jadida, em Marrocos, estiveram todo o dia à guarda do SEF, que desenvolveu os procedimentos necessários para apurar as suas identidades, uma vez que chegaram indocumentados.
À noite, foram transferidos para postos da Guarda Nacional Republicana e esquadras da Polícia de Segurança Pública do distrito de Faro, onde pernoitaram.
De acordo com o comunicado do SEF, foram sempre garantidas as necessidades básicas, incluindo alimentação e assistência médica, aos cidadãos.
Este é o quarto caso de desembarque de imigrantes ilegais no Algarve, nos últimos seis meses. O primeiro ocorreu em 11 de dezembro do ano passado, quando uma pequena embarcação trazia oito marroquinos.
Depois, a 29 de janeiro, chegaram mais 11 marroquinos.
Já neste mês de junho, no dia 6, foi intercetada uma embarcação em Olhão, com sete marroquinos a bordo.
Os três grupos pediram asilo a Portugal e a todos essa pretensão foi recusada. Contudo, entre recursos administrativos e outras diligências, as autoridades nacionais já perderam o rasto a mais de metade destes requerentes.