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É ainda um princípio de acordo e não um acordo já fechado para solucionar as queixas dos lesados do Banco Espírito Santo. Esta quarta-feira, às 18h00, Governo, Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a associação de lesados do BES assinam um memorando de entendimento com o objectivo de dar resposta a cerca de dois mil clientes que se sentem prejudicados com a resolução aplicada ao Banco Espírito Santo.
Segundo fonte próxima do processo revelou à Renascença, além de António Costa, estarão também presentes o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, o presidente da Comissão do Mercado e Valores Mobiliários, Carlos Tavares, o presidente do BES, Máximo dos Santos, e os representantes da associação dos lesados.
Este é o primeiro passo, apurou a Renascença. Só em próximas reuniões começarão a ser definidos os montantes que serão ressarcidos estes clientes e as modalidades em que tal acontecerá.
O Novo Banco, que segundo o Banco de Portugal não tem responsabilidades pelo pagamento do papel comercial, não está incluído neste memorando.
Desde que o Banco Espírito Santo (BES) foi alvo de uma medida de resolução, no Verão de 2014, que clientes do retalho detentores de papel comercial do GES que compraram os títulos aos balcões do BES têm vindo a desenvolver várias acções com vista a recuperar o dinheiro investido.
Actualmente, são 2.040 os subscritores de papel comercial que reclamam cerca de 400 milhões de euros.