O Governo vai apresentar propostas e soluções para os consumidores mitigarem os aumentos do preço do gás anunciados pela EDP e pela Galp. As medidas serão divulgadas, esta quinta-feira, pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa.
As soluções encontradas para os consumidores fazerem face ao aumento do gás anunciado surgem de um trabalho conjunto com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos(ERSE), segundo fonte oficial do ministério.
A EDP Comercial vai aumentar o preço do gás às famílias em média em 30 euros mensais, a partir de outubro, devido à escalada de preços nos mercados internacionais e após um ano sem atualizações.
Segundo a presidente executiva da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, a esse valor acrescem ainda "cinco a sete euros de taxas e impostos".
A empresa justificou a decisão com a escalada de preços do gás nos mercados internacionais, nos últimos meses, uma situação que foi agravada pela guerra na Ucrânia e as restrições ao abastecimento de gás russo, o que fez também aumentar o preço em outros mercados, como, por exemplo, no gás proveniente da Argélia.
Pouco depois deste anúncio,também a Galp fez saber que vai aumentar os preços do gás natural em outubro, num "valor a indicar brevemente". Contactada pela Renascença, fonte da empresa não comenta decisões da concorrência, mas não descarta uma subida dos preços do gás natural, face aos aumentos no mercado internacional.
Já em declarações à Agência Lusa, fonte oficial da companhia apontou a "volatilidade" e aumento do custo como razões para a atualização.
A Galp tinha atualizado o preço do gás natural em 1 de julho, com um aumento de cerca de 3,60 euros para o escalão mais representativo.