O Governo admite soluções transitórias e temporárias para aliviar os tempos de espera nas urgências dos hospitais públicos.
Questionado esta manhã no Parlamento, o secretário de Estado da Saúde apontou para as unidades de saúde familiar como soluções a longo prazo. Já no curto prazo, Ricardo Mestre admitiu respostas imediatas embora não tenha explicado quais.
“Continuaremos a criar Unidades de Saúde Familiar modelo A, Unidades de Saúde Familiar modelo B, e é por isso que, estamos a investir naquilo que é a especialização e formação dos novos médicos”, disse.
O governante acrescentou ainda que vão “continuar a encontrar soluções locais, transitórias, pontuais, dedicadas àquilo que é a resolução de problemas concretos que ainda existem no nosso país”.
O secretário de Estado da Saúde falava na Assembleia da República onde está a ser discutido o Orçamento do Estado.
Os tempos de espera para doentes urgentes atingiram esta terça-feira uma média de 14 horas no serviço de urgência do Hospital Santa Maria, em Lisboa. No Amadora-Sintra foi ultrapassada “em larga medida” a capacidade de internamento nas urgências.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) pediu, esta terça-feira, um plano ao Governo com medidas para fazer face aos problemas nas urgências.
“Este cenário de grande afluência não é nada que seja de admirar. O que é de admirar é que, sabendo isso, e que há cerca de 1.5 milhões de portugueses sem médicos de família, o Governo ainda não tenha tomado medidas”, disse, à Renascença, Jorge Roque da Cunha.
O sindicalista deixou o aviso que muitas pessoas que recorrem ao serviço das urgências “em situações já de grande gravidade”.