Os incêndios na Austrália, que deflagram há mais de três meses, já mataram 30% dos coalas da região de Nova Gales do Sul, um dos estados com mais animais desta espécie.
Apesar de salientar que apenas será possível fazer uma avaliação mais verdadeira “quando os incêndios acalmarem”, Susan Lee, ministra federal do ambiente australiana, disse à rádio australiana ABC que “até 30% dos coalas da região podem ter morrido, porque 30% do seu habitat foi destruído”.
Nova Gales do Sul já declarou estado de emergência, com início esta sexta-feira e que se deverá prolongar durante sete dias, devido à dimensão incontrolável dos incêndios e às previsões meteorológicas de temperaturas elevadas.
Várias imagens e vídeos que retratam este desastre ambiental têm sido partilhados nas redes sociais.
Os coalas e outras espécies em vias de extinção têm sido bastante afetadas pelos incêndios e pelas alterações climáticas que destroem os habitats naturais.
Mesmo antes dos grandes incêndios que começaram em 2019, a população de coalas em Nova Gales do Sul e Queensland já tinha decrescido bastante, o que tem gerado contestação, com organizações a acusar o governo de não estar a tomar medidas suficientes para inverter a situação.
A ministra do ambiente, contudo, afirmou que o governo está a fazer o que é possível no combate às alterações climáticas.
“As alterações climáticas são um grande problema e nós estamos a fazer a nossa parte. Estamos a cumprir e a ultrapassar os nossos objetivos” assegurou.
A Austrália está a passar por uma das piores vagas de incêndios das últimas décadas, com as temperaturas máximas a atingir valores recorde – quase 42º C nos últimos dias de 2019.
Algumas regiões australianas foram evacuadas pelas autoridades devido ao elevado risco de incêndio.
Até esta quinta-feira, o número de mortes subiu para 18 e cerca de 50.000 pessoas estão sem eletricidade ou água potável. Há ainda 18 pessoas desaparecidas, segundo fonte oficial citada pela agência Reuters.
O primeiro-ministro, Scott Morrison, apelou à ordem e à calma assegurando que a prioridade é combater os incêndios, evacuar e levar as pessoas para locais seguros”.