Os guardas prisionais do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) começam esta quinta-feira uma greve às horas extraordinárias por causa dos novos horários de trabalho.
O protesto prolonga-se até dia 28 de janeiro e prevê afetar o serviço prestado entre as 16h00 e as 19h00, ficando apenas garantida a segurança das visitas.
O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Jorge Alves, explica que os guardas prisionais exigem a demissão do diretor-geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata.
Os novos horários de trabalho, implementados em seis estabelecimentos desde 2 de janeiro, estão a gerar mais controvérsia no EPL, onde 16 guardas prisionais foram alvo de processos disciplinares por terem recusado realizar horas extraordinárias.
No EPL, a 10 de janeiro, os reclusos provocaram distúrbios em protesto do encurtamento do período das visitas, motivado pela recusa dos guardas prisionais em prolongar o seu horário até às 19h00.
No novo horário implementado, os guardas prisionais têm de prolongar o seu horário de trabalho através da realização de horas extraordinárias pagas. O período coincide com o horário das visitas, alimentação, medicação e entrada dos reclusos nas celas.
O sindicato denuncia que as torres de vigia estão desativadas, as alas ou zonas prisionais estão sem guardas, as visitas são caóticas e as falhas de segurança estão a ser percebidas pelos reclusos.