A PepsiCo anunciou cortes significativos na quantidade de açúcar e de calorias das suas bebidas e ainda no total de gorduras saturadas e de sal nas comidas que produz.
De acordo com o anúncio feito na segunda-feira, a empresa que também detém as marcas Gatorade e Tropicana, pretende cortar dois terços do total de açúcares até 2025.
No que diz respeito a calorias, a companhia pretende alcançar um máximo de 1,1 gramas por cada 100 calorias. No que respeita a comidas e snacks, não deverão ter mais de 1,3 miligramas de sal por caloria.
O fabricante da Pepsi diz que a nova estratégia segue as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e respeita as novas necessidades dos consumidores, que têm reduzido a aquisição de refrigerantes, seja por causa dos níveis de açúcares seja pela quantidade de químicos, no caso das bebidas “light”.
Quer a Pepsi quer a Coca-Cola têm tentado adaptar-se às novas exigências dos consumidores. No ano passado, a PepsiCo anunciou que iria deixar de usar aspartame, um adoçante artificial muito utilizado nas bebidas com menos calorias e que os últimos estudos têm associado ao aumento da obesidade e da diabetes.
Ainda assim, um estudo da Universidade de Boston divulgado na semana passada criticava a Pepsi e sua principal concorrente, Coca-Cola, por investirem milhões de dólares, desde 2011, para combater a legislação que pretende baixar o consumo de refrigerantes através de impostos.
A OMS, por seu lado, preocupada com o aumento da obesidade, sobretudo infantil, já sugeriu um aumento de impostos sobre as bebidas açucaradas, de modo a reduzir o consumo de refrigerantes.
Alguns países europeus têm seguido essa orientação, como o Reino Unido, que lançou um novo imposto sobre as empresas de refrigerantes para financiar um programa de exercício físico nas escolas.
Quase um terço das crianças inglesas entre os dois e os 15 anos tem excesso de peso ou é obesa.
Em Portugal, o Governo também decidiu avançar com um imposto sobre as bebidas açucaradas, a entrar em vigor em 2017. Antes, foram retiradas das instituições do Serviço Nacional de Saúde as máquinas automáticas com alimentos de elevado teor de açúcar e sal.