Adepto do Benfica acusado de homicídio qualificado no caso da morte de Marco Ficini
30-10-2017 - 18:01

Factos remontam a Abril deste ano e levaram à morte de Marco Ficini, adepto italiano do Sporting. Além de Luís Pina, há outros 21 arguidos acusados de homicídio, de participação em rixa, de dano com violência e de omissão de auxílio, crimes cometidos junto ao Estádio da Luz.

O adepto do Benfica Luis Pina, suspeito do atropelamento mortal de um adepto italiano do Sporting, foi formalmente acusado de homicídio qualificado pelo Ministério Público (MP).

Além de Luís Pina, outros 21 arguidos estão acusados de homicídio, de participação em rixa, de dano com violência e de omissão de auxílio, crimes cometidos junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, aquando da morte do adepto Marco Ficini, foi anunciado esta segunda-feira.

O caso remonta a Abril deste ano. Marco Ficini, que pertencia à claque da Fiorentina 'O Club Settebello' e era adepto do Sporting, morreu após um atropelamento e fuga junto ao Estádio da Luz, na sequência de confrontos ocorridos naquela noite, horas antes de um jogo entre o Sporting e o Benfica, da 30.ª jornada da I Liga, da época anterior, no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

"No essencial está indiciado que, no dia 24.04.2017, durante a madrugada, sendo esse dia de jogo entre os clubes do Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa e Benfica, nas imediações do Estádio de José de Alvalade e a Rua Padre Cruz, um grupo de adeptos benfiquistas confrontou-se com um grupo de adeptos sportinguistas", refere uma nota publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

O principal arguido é Luís Pina, de 35 anos e com ligações à claque do Benfica 'No Name Boys'. Entregou-se à Polícia Judiciária a 27 de Abril, alguns dias após o atropelamento mortal, acompanhado pelo seu advogado.

Luís Pina é o único arguido em prisão preventiva desde 29 de Abril.

"Durante os confrontos e perseguições desencadeadas, um dos arguidos, adepto de um clube, embateu com o seu veículo e passou por cima do corpo da vítima, adepto de outro clube, provocando-lhe lesões que foram causa directa e necessária da sua morte, tendo abandonado o local sem lhe prestar qualquer auxílio", acrescenta a PGDL.