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O reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, diz que alunos de residência contaminada vão fazer, na sexta-feira, o teste à Covid-19.
Os dois estudantes da Faculdade de Motricidade Humana, que estiveram em contacto com uma funcionária que testou positivo, não vão mudar para a residência onde os alunos se barricaram por receio de serem contagiados pelos colegas.
Para o reitor da Universidade de Lisboa, “houve uma reação exagerada”. Cruz Serra diz na Renascença que, “de acordo com o protocolo que está a ser seguido pelo Serviço Nacional de Saúde, os dois estudantes nem precisariam de ser testados, porque nenhum deles tem qualquer sintoma”.
Cruz Serra garante que “a Universidade tendo disponibilidade para fazer os testes”, irá oferecer essa possibilidade amanhã, sexta-feira, para “tranquilizar e saber se será necessário tomar alguma ação suplementar”.
O reitor da Universidade de Lisboa relata à Renascença que esta situação surgiu na sequência dos testes que a instituição tem estado a fazer à comunidade académica. Nesta altura já foram feitos cerca de mil testes.
Os casos positivos encontrados, diz Cruz Serra, “foram todos em pessoas assintomáticas”. Uma delas trabalha numa das residências da Faculdade de Motricidade Humana, onde estão dois alunos, numa residência com capacidade para 60 estudantes.
A Faculdade decidiu, por isso, proceder à desinfeção do edifício, “provavelmente até uma decisão excessiva, com cuidado para lá do que seria recomendado”, considera o reitor.
Nesse sentido determinou a transferência desses alunos para a outra residência, “numa zona onde não há ninguém, porque só há onze pessoas e temos 60 camas”, por isso, esses dois estudantes seriam colocados numa zona dessa residência completamente isolada”, mas no entender de Cruz Serra “os estudantes ficaram nervosos” e decidiram impedir a entrada dos colegas.
Sem testes feitos, não há mudança de residência universitária
Enquanto não houver resultados dos testes, o reitor da Universidade de Lisboa garante que estes alunos não vão mudar para a residência onde os estudantes se barricaram por receio de serem contagiados. Só depois dos resultados é que se poderá decidir o “que é necessário fazer, no limite pode nem se fazer coisa nenhuma”.
Cruz Serra reconhece, no entanto, que “este incidente trouxe algumas preocupações relativamente à maneira como se terá de lidar com potenciais casos de infeção no regresso às aulas, em setembro”, nomeadamente “na gestão de residências que nessa altura poderão estar com muito mais ocupação do que aquilo que temos hoje”.
Cruz Serra admite que esse é “um problema operacional que é preciso resolver daqui até lá”, porque é preciso “criar condições para isolar as pessoas que estejam positivas para impedir a propagação da pandemia”.