O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) decidiu abrir um inquérito à assistência prestada ao psicanalista Carlos Amaral Dias, que morreu esta terça-feira.
A notícia é confirmada em comunicado da instituição, após o jornal "Correio da Manhã" ter divulgado que o óbito ocorreu numa ambulância, quase duas horas depois de o médico ter ligado para a linha de emergência médica.
"Após análise da informação disponível relativamente a esta ocorrência, o Conselho Diretivo do INEM determinou a instauração, no imediato, de um processo de inquérito para aferir com rigor todas as circunstâncias relacionadas com a situação e apuramento de eventuais responsabilidades", pode ler-se no texto enviado às redações.
De acordo com o INEM, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) "recebeu uma chamada encaminhada pela Central 112, com um pedido de socorro para um homem de 73 anos com queixas de dificuldade respiratória. Tendo em consideração os sinais e sintomas referidos pelo contactante e após realizar a respetiva triagem clínica, o CODU acionou imediatamente uma Ambulância de Socorro dos Bombeiros Voluntários (BV) do Beato".
Carlos Amaral Dias nasceu em 1946, em Coimbra, tendo tido quatro filhos, entre eles a ex-deputada Joana Amaral Dias. Tinha abandonado há cerca de um mês, a pedido do próprio, a direção do Instituto Miguel Torga, à frente do qual esteve mais de duas décadas.
[Notícia atualizada às 18h50]