"Tweet" de Obama sobre racismo bate recordes de "likes"
16-08-2017 - 11:41

Antigo Presidente norte-americano respondeu à marcha da extrema-direita com um conjunto de citações de Nelson Mandela. O "tweet" já tem mais de três milhões de "likes".

A mensagem publicada por Barack Obama na sequência dos protestos da extrema-direita em Charlottesville, no estado da Virgínia, tornou-se na publicação da rede social Twitter com mais "likes" de sempre.

No "tweet", publicada no sábado, condena o discurso de ódio através de uma citação de Nelson Mandela, um dos grandes ídolos políticos do antigo Presidente norte-americano. “Ninguém nasce a odiar uma pessoa por causa da sua cor, o seu passado ou a sua religião…”, pode ler-se no "tweet", que é acompanhado de uma foto de Obama com quatro crianças.

Na manhã desta quarta-feira, a mensagem publicada na conta @BarackObama reunia já três milhões de gostos, superando assim a marca atingida pela publicação da Ariana Grande na sequência dos atentados de Manchester.

Em declarações ao site Mashable, um responsável pela comunicação da empresa Twitter confirmava o recorde de Obama como sendo a mensagem que mais gostos tinha conseguido na história da rede social.

O "tweet" de Obama é também já a quarta mensagem mais "retweetada" (partilhada) na mesma rede social, revela o site Favstar, um portal para monitorizar métricas do Twitter.

Obama deixou ainda mais dois "tweets" com a citação completa de Madiba, retirada da autobiografia de Mandela, “Longa Caminhada para a Liberdade”.

A cidade de Charlottesville foi palco de momentos de grande tensão depois da extrema-direita norte-americana ter convocado uma manifestação para essa cidade. Como resposta, foi também marcada uma contra-manifestação. O protesto foi convocado depois de se ter decidido retirar a estátua do general Robert E. Lee, defensor da escravatura, de um dos parques de Charlottesville

Durante os confrontos que marcaram o fim-de-semana entre as duas manifestações, uma pessoa morreu e 19 ficaram feridas depois James Fields ter cometido um atentado ao atropelar os manifestantes.

De acordo com os relatos de colegas, o autor do ataque confessara ser simpatizante da ideologia nazi e, numa viagem de estudo ao campo de concentração de Dachau, na Alemanha, terá mesmo dito que tinha sido ali que “a magia aconteceu”.

Na sequência do ataque, Donald Trump veio a público condenar os movimentos extremistas, apesar de distribuir culpas “pelos dois lados”.