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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje acreditar que a Cimeira Social organizada pela presidência portuguesa da União Europeia mostrará que "a Europa pode cumprir", depois de um "ano muito duro" de pandemia.
"Estou muito satisfeita por estar aqui no Porto e estou muito grata ao primeiro-ministro António Costa por ter convocado esta Cimeira Social tão importante, que chega num momento absolutamente oportuno, depois de um ano muito duro da pandemia", declarou a responsável, falando à chegada ao evento.
Observando que "todas as partes interessadas necessárias estão aqui presentes" -- entre as quais "chefes de Estado e de governo, as instituições europeias, mas sobretudo os sindicatos, as entidades patronais e a sociedade civil" --, Ursula von der Leyen adiantou estar "certa de que esta cimeira mostrará que a Europa consegue cumprir".
Além disso, depois da pandemia, "vem agora um segundo passo muito importante que é a recuperação", assinalou.
"A Europa irá fornecer o enorme pacote de 750 mil milhões de euros do [fundo] Próxima Geração UE, mas temos de garantir que o aspeto social é prioridade absoluta e, por isso, a cimeira irá discutir como tornar possível ter bons empregos, como colocar a ênfase na formação em redimensionamento de requalificação para a transição verde e digital e como garantir que as pessoas que são necessárias estão a ser protegidas", concluiu Ursula von der Leyen.
A Cimeira Social decorre hoje no Porto com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.
Também presentes no evento, que decorre em formato "online" e presencial na Alfândega do Porto, estão, além de Von der Leyen, os presidentes do Parlamento Europeu, David Sassoli, e do Conselho Europeu, Charles Michel, assim como os vice-presidentes executivos da Comissão Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, o Alto Representante Josep Borrell e os comissários Elisa Ferreira, Mariya Gabriel e Nicolas Schmit, além de outros líderes políticos e institucionais, parceiros sociais e sociedade civil.
Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, a Cimeira Social tem no centro da agenda o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março, que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, 60% dos trabalhadores a receberem formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças, em risco de pobreza e exclusão social.