Os portugueses manifestam atualmente uma maior vontade em regressar ao trabalho presencial e mostram-se otimistas face a novas oportunidades de trabalho, no final do ano.
54% dos inquiridos está confiante de que mais oportunidades de emprego estarão disponíveis no final do ano. No entanto, a região do sul da Europa, onde Portugal está incluído, é a menos confiante entre as que foram analisadas, com apenas 43% dos inquiridos a mostrarem-se confiantes.
Segundo o primeiro Workmonitor 2021, da Randstad, esta mudança de comportamento, a contrastar com o que era sentido em 2020, em que havia uma clara preferência em trabalhar remotamente, assenta na confiança nas vacinas.
A multinacional de recursos humanos inquiriu mais de 27 mil colaboradores a nível internacional, chegando à conclusão que uma esmagadora maioria de 75% assumiu-se disposta a ser vacinada contra a Covid, caso seja necessário, para continuar a trabalhar.
Vacinas aumentam a confiança no local de trabalho
Para 59% dos portugueses, a vacinação trará “mais oportunidades de emprego”, um valor superior à média europeia (49%) e a nível global na ordem dos 56%.
Os países com menos confiança nesta relação entre a vacina e o trabalho são a França (34%), o Luxemburgo (34%) e a Suíça (35%), e em sentido contrário, a Índia (86%), China (80%) e o Brasil (77%).
A confiança no local de trabalho é também reforçada quando os outros colegas de trabalho forem vacinados (55% Portugal, 48% Europa e 53% Global).
Quanto a preferir continuar a trabalhar de casa até a vacina ser amplamente administrada, 59% dos portugueses estão de acordo, um valor semelhante ao Global (51%) mas que está acima da média Europeia (45%).
Para os inquiridos em Portugal, se a vacina estivesse disponível, 85% estariam dispostos a tomar para continuarem a trabalhar. A nível da Europa, a taxa é de 71% e a nível mundial de 75%.
77% dos portugueses querem regressar ao trabalho presencial
Atualmente, 77% dos trabalhadores que estão a trabalhar remotamente em Portugal querem regressar ao local de trabalho. Uma tendência que se mantém, se olharmos para os resultados globais (78%) ou da Europa (77%).
O desejo de regressar ao trabalho presencial é justificado pelas dificuldades sentidas em realizar o trabalho a partir de casa, com 61% dos inquiridos a referirem saudade da interação com os colegas, 39% dificuldade em manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, 29% sentem-se sozinhos ou isolados, 24% afirmam terem crianças em casa que requerem atenção, enquanto 18% queixa-se da ligação à Internet ser instável.
O estudo Randstad Workmonitor abrange os continentes da Europa, Ásia-Pacífico e Américas e a primeira pesquisa completa de 2021 foi realizada em 34 países, incluindo Portugal, de 15 de fevereiro a 8 de março deste ano.