O povo ucraniano e os seus representantes, a Comissão da verdade da Colômbia e o ativista da WikiLeaks Julian Assange são os candidatos ao Prémio Sakharov 2022, do Parlamento Europeu (PE).
De acordo com um comunicado do Parlamento Europeu, a candidatura do “corajoso povo da Ucrânia, representado pelo seu Presidente, os seus dirigentes eleitos e a sociedade civil”, resultou da junção de três nomeações de grupos parlamentares: os conservadores do PPE, os socialistas do S&D e o ECR (centro-direita).
A candidatura da Comissão da verdade da Colômbia, instituição criada ao abrigo do acordo de paz de 2016 no país, como o objetivo de estabelecer os factos sobre as violações dos direitos humanos durante o conflito e defender os direitos de milhões de vítimas da guerra civil o país, foi apresentada pelo grupo parlamentar Left, de esquerda.
Julian Assange, um dos fundadores da associação WikiLeaks – que divulgou documentos sobre crimes de guerra, detenções arbitrárias e violações de direitos humanos – está detido no Reino Unido, com risco de ser extraditado para os Estados Unidos e ser julgado por espionagem e crime informático.
A sua candidatura foi apresentada por 41 eurodeputados e os três finalistas foram selecionados pelas comissões dos Negócios Estrangeiros e do desenvolvimento do PE.
No dia 16, a Conferência de Presidentes do PE irá escolher o vencedor do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2022, sendo o galardão entregue em 13 de dezembro, na sessão plenária de Estrasburgo.
As nomeações podem ser feitas por grupos políticos ou por grupos de pelo menos 40 eurodeputados. Em 2021, o prémio foi atribuído ao líder da oposição russo, Alexei Navalny, pela sua luta contra a corrupção e os abusos de poder no Kremlin, que foi representado pela filha por estar detido na Rússia.
O galardão, que honra o físico e dissidente político Andrei Sakharov, é atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu desde 1988, no valor de 50 mil euros.
[Notícia atualizada às 11:06]