A Polícia Judiciária (PJ) alerta para “a prática emergente e massiva” que expõe menores a conteúdos de pornografia e pedofilia em grupos de WhatsApp. O fenómeno, que já tinha sido denunciado à Renascença no fim da semana passada, atingia sobretudo o Porto, mas já havia casos também na Madeira e em Lisboa.
A Judiciária acrescenta agora que abrange “crianças e jovens de Escolas Básicas e Secundárias de diversas zonas do país”.
Os menores são adicionados a grupos “cujo único propósito é de sujeitar os menores à visualização de pornografia de adultos, de imagens e vídeos de abusos e exploração sexual de crianças, ou que retratam práticas sexuais entre adultos e crianças”.
“As crianças e jovens, após aderirem aos grupos, são incentivadas a adicionar os seus contactos, alegadamente com o objetivo de superar o desafio de agrupar o maior número de elementos possível”, acrescenta a nota.
A PJ recomenda aos pais e Encarregados de Educação que “estejam atentos à utilização do WhatsApp pelas crianças e jovens” e que “as alertem para recusarem convites” de contactos desconhecidos, bem como “ativem o bloqueio dos convites efetuados por desconhecidos”.
Caso os menores já estejam incluídos neste tipo de grupos, a PJ aconselha “a captura de ecrã das conversações”, bem como da evidência dos “respetivos administradores e os conteúdos partilhados” e posterior denúncia às autoridades.
A PJ pede também aos professores e diretores dos agrupamentos que sempre que identificarem estas situações “informem de imediato os pais e encarregados de educação”, que façam capturas de ecrã dos conteúdos e identificação dos administradores dos grupos, procedendo a posterior denúncia.