Associação Protetora dos Diabéticos deixa apelo ao Ministério da Saúde para que afaste a burocracia do programa de acesso a bombas de insulina de nova geração no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
José Manuel Boavida pede que o acesso "seja feito de forma simples, ágil e que permita uma generalização da utilização das bombas automáticas de insulina".
"O que se passa é que estas bombas estão permanentemente a ser atualizadas. Todos os meses saem novidades e não podemos ter um sistema fixo", explica. "Parece-nos que este sistema que está a ser proposto é ainda muito burocratizado, com muitas instituições", lamenta.
Para Boavista, se o ministério de Manuel Pizarro insistir na compra global do fármaco com recurso a concursos públicos nem no fim do ano as bombas chegam a quem precisa. É importante não "fazer compras centrais, que são concursos internacionais que vão demorar meses", pois estes "agarram-nos a sistemas que depressa ficam antiquados".
Para o responsável da Associação Protectora dos Diabéticos era fácil alargar no terreno a distribuição.
"Se colocassem dez bombas por semana por cada centro... não era nada de outro mundo", defende. "É possível fazermos isto através de um sistema ágil e não estarmos à espera de um sistema ultraburocrático, que mete seis ou sete organismos do ministério da Saúde a tratar desta situação", acrescenta.
"A prática que temos diz-nos que este sistema cria desperdício, é caro e não é eficaz", remata.