Crise sismovulcância. Marcelo admite ir em breve a São Jorge
25-03-2022 - 19:34
 • José Pedro Frazão, com Ricardo Vieira

Questionado pela Renascença, o chefe de Estado deixou uma mensagem de tranquilidade: "No imediato, entendem os especialistas que não há questões para alarme por parte da população".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admite pode deslocar-se aos Açores em breve, para acompanhar a situação relacionado com a crise sismovulcância na ilha de São Jorge.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no Santuário de Fátima, onde esteve na cerimónia de consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria.

Questionado pela Renascença, o chefe de Estado disse que já conversou com o presidente do governo regional dos Açores, sobre a situação na ilha de São Jorge e desloca-se em breve ao arquipélago.

"No imediato, entendem os especialistas que não há questões para alarme por parte da população. É uma situação incómoda, aqueles micro, microssismos, mas que não há razão para insegurança. Por outro lado, há um acompanhamento a médio prazo das consequências da evolução e a montagem dos esquemas para uma eventual situação [de evacuação em massa] que neste momento não está prevista", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Cerca de 1.250 pessoas já abandonaram São Jorge, por via marítima e aérea, desde o início da crise sismovulcância, que está a acontecer na ilha desde sábado, revelou esta sexta-feira o presidente do Governo Regional.

"Neste instante, a informação que posso prestar quanto ao realizado e não quanto às reservas em curso, [é que] a Atlânticoline [empresa de transporte marítimo], relativamente aos dias de 23 e 24, transportou 653 pessoas, creio que 39 viaturas. A SATA aponta para, nos dias 20 até 24, cerca de 600 pessoas", adiantou José Manuel Bolieiro, que está desde quinta-feira em São Jorge.

Os "valores redondos" quanto à saída de população de São Jorge foram revelados pelo presidente do Governo Regional numa conferência de imprensa, após uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Velas, Luís Silveira, e com o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques.