O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, criticou o recurso a casos e processos judiciais para criminalização de políticas, numa referência implícita a José Sócrates.
"Não aceitamos que apaguem a memória, não permitiremos que processos judiciais sejam usados para a criminalização de políticas ou para culpar pessoas através de lógicas abusivas de associação", disse o anito líder do PS, esta sábado, perante o congresso do partido, reunido na Batalha.
"Isso é próprio de regimes totalitários que culpam pessoas por lógicas abusivas de associação", completou.
"A política de prevenção e combate à corrupção está no ADN do PS" e da liderança de António Costa, sublinhou Ferro Rodrigues, defendendo que o partido tem "um património nesse domínio, que é "traduzido em leis e em meios de investigação".
Noutro ponto da sua intervenção, Ferro defendeu que discussões sobre se o PS está ou deve estar "mais à esquerda ou mais à direita" são "geometrias que não importam aos portugueses". Nesta contexto, o antigo líder apontou que o PS "está onde sempre esteve e onde está a maioria dos portugueses".
"O PS prometeu e cumpriu", disse Ferro Rodrigues, noutra passagem do seu discurso, em que defendia a ação governativa e a justeza da constituição dos acordos parlamentares que permitiram a formação do Governo.
"Primeiro, estranhou-se, depois entranhou-se", disse. "Não me interessa muito saber se isso se deveu a viragens à esquerda ou à direita do PS", completou.