O Presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, anunciou esta quarta-feira que quer limitar a proliferação de “armas fantasma” naquele país, como medida para tentar prevenir a violência com armas de fogo.
As chamadas “armas fantasma” são armas de fogo de fabrico caseiro e que, por isso, não são registadas nem têm número de série que possa ser rastreado. O fabrico caseiro de armas de fogo tornou-se mais fácil com a prevalência de impressoras 3D, mas existe também um mercado de compra online de peças individuais que depois são montadas para formar uma arma.
O plano de Biden inclui a redação de regras que permitam tratar as partes constituintes de armas como armas de fogo, permitindo assim o seu rastreamento, onde for possível.
O Presidente diz que quer ainda tornar mais fácil a sinalização por parte de cidadãos de membros da sua família a quem não deve ser permitido o porte de arma.
A legislação sobre armas nos Estados Unidos é um tema muito polémico. O direito ao porte de arma está consagrado na segunda emenda da Constituição e os limites que se têm tentado impor têm sido sempre contestadas e frequentemente chumbadas pelo Supremo Tribunal dos EUA. Contudo, existe algum terreno comum entre democratas e republicanos sobre a necessidade de aumentar e melhorar as verificações prévias para pessoas que pretendem adquirir armas de fogo.
“A violência com armas de fogo neste país é uma epidemia e uma vergonha internacional”, disse Biden, em declarações feitas a partir da Casa Branca, na companhia da vice-presidente Kamala Harris e do procurador-geral Merrick Garland. Estiveram presentes ainda alguns congressistas democratas e ativistas pelo controlo do armamento.