O 32.º Encontro Nacional da Pastoral Social que começa, em Fátima, esta terça-feira, vai refletir sobre a importância da paróquia no cuidado ao outro. Os trabalhos decorrem até quinta-feira.
De acordo com o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. José Traquina, com o crescimento constante dos centros populacionais e o diminuto comprometimento dos leigos com as atividades da Igreja, é importante retomar a origem da criação das paróquias. “Nesse mundo onde prolifera o anonimato, a comunidade paroquial é onde se procura precisamente esse sentido de proximidade nas pessoas que se conhecem", argumenta.
"Pelo menos ali, um dia por semana, as pessoas encontram-se, alguns até se encontram na mesma Eucaristia, quase nos mesmos bancos da Igreja, depois encontram-se na rua e falam, conversam", enfatiza o também bispo de Santarém.
“Ali, gera-se comunidade", prossegue D. José Traquina defendendo que “tem sido um esforço muito grande para que os cristãos sejam promotores desse valor”.
O bispo frisa que se trata de “um valor que está com eles,” cristãos, e, por isso, “existem entreajudas que devem acontecer a partir dessa experiência e dessa proximidade.” Algumas dessas experiências serão apresentadas no encontro, como a do projeto “+ próximo”, da diocese de Beja.
Para explicar a ideia avançada pelo Papa Francisco de “Colégio de Paróquias” foi convidado o Padre Tiago Freit Freitas, da diocese de Braga, que proferirá a conferência de abertura.
No encontro será feita uma abordagem histórica das paróquias e falar-se-á também sobre as problemáticas sociais do envelhecimento e da forma como a pastoral social pode agir, através das paróquias, junto das pessoas com deficiência, dos reclusos e dos doentes.