Cumpre-se esta sexta-feira o quarto e último dia de greve no setor ferroviário que abrange os trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal. São expectáveis, por isso, fortes constrangimentos na circulação de comboios.
Na quarta-feira, a greve na CP levou à supressão, entre as 00h00 e as 18h00, de 746 ligações de um total de 985 programadas. Neste período, a CP efetuou 239 comboios, cumprindo os serviços mínimos estabelecidos, o que corresponde a um nível de supressão de 75,7%.
De acordo com dados da empresa, no serviço de longo curso, foram suprimidos 43 comboios de 58 programados e no serviço regional não foram realizados 199 comboios de 261 estimados.
Já nos urbanos de Lisboa, foram suprimidos 354 comboios de um total de 468 programados e no Porto não se realizaram 150 comboios em 198 estimados.
A greve dos trabalhadores da CP teve início na segunda-feira, tendo a transportadora a alertado para “fortes perturbações” até esta quinta-feira, num protesto pelo impasse nas negociações salariais que também envolve a Infraestruturas de Portugal (IP).
A greve foi convocada pelo SINFA, Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial (ASSIFECO), Federação Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), Serviços Técnicos Ferroviários (STF), STMEFE - Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE), Sinafe - Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins, Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTF) e Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap).