A chanceler alemã, Angela Merkel, antecipou discussões difíceis no Conselho Europeu, em Bruxelas, sobre as nomeações para os cargos institucionais de topo da União Europeia, apontando que um consenso ainda está longe.
"Atendendo ao presente estado das coisas, não serão discussões nada fáceis, é o mínimo que posso dizer", declarou, à chegada à sede do Conselho, para uma nova cimeira extraordinária na qual os 28 chefes de Estado e de Governo da UE vão tentar chegar a um compromisso sobre quem dirigirá as instituições europeias no novo ciclo político 2019-2024.
Os líderes da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, reúnem-se hoje em Bruxelas numa nova cimeira extraordinária dedicada a desbloquear o impasse na discussão sobre as nomeações para os lugares institucionais de topo europeus, com destaque para a presidência da Comissão Europeia, o cargo mais cobiçado pelas diferentes famílias políticas.
Após a cimeira inconclusiva de 20 de junho passado -- que terminou já na madrugada de 21 sem "fumo branco" -, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, voltam a estar reunidos na capital belga, em cima do prazo limite para tentar encontrar um compromisso, uma vez que na terça-feira tem início, em Estrasburgo, França, a sessão inaugural da nova legislatura do Parlamento Europeu (PE), na qual será eleito (na quarta-feira) o presidente da assembleia, um dos lugares de topo negociados em pacote.
Ao Conselho cabe apontar os nomes para a presidência da Comissão Europeia, para a presidência do Conselho, para o cargo de Alto Representante da UE para a Política Externa, e ainda a liderança do Banco Central Europeu.
Com o aproximar da sessão constitutiva do PE resta pouco tempo aos líderes da UE para chegar a um entendimento que evite uma crise institucional na UE, e que, em último caso, forçaria a atual Comissão Juncker a estender o seu mandato, que termina em 31 de outubro próximo.