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O ministro da Defesa garante que a Força Aérea Portuguesa vai receber 100 milhões de euros para sair do Montijo, o local escolhido para instalar o novo aeroporto de Lisboa. Esta quarta-feira, no Parlamento, João Gomes Cravinho adiantou ainda que quem vai pagar esta deslocalização é a concessionária do aeroporto.
"A concessionária também paga aquilo que é feito noutros locais, nomeadamente em Beja e Sintra, em função dos custos acrescidos que resultam desta opção. É a Força Área que vai ter que fazer, mas o custo financeiro é absorvido, está nesses 100 milhões", disse o ministro aos deputados, durante uma audição na Comissão de Defesa Nacional.
Além daquele montante, a concessionária, Vinci, irá suportar as despesas com a reestruturação do aeródromo militar de Figo Maduro que ficará noutro local do aeroporto Humberto Delgado, no valor de 28 milhões de euros. "Vai haver também alguns custos operacionais que resultam dos constrangimentos de utilização do Montijo durante a fase da construção", acrescentou ainda o ministro.
O ministro frisou que o financiamento será disponibilizado apenas quando e se houver luz verde para avançar com a construção do novo aeroporto, ou seja, só depois do estudo de impacto ambiental.
"Não avançaremos com relocalização aeronaves sem ter a certeza que o novo aeroporto é no Montijo. Se não for no Montijo, a Força Aérea continuará lá (na base n.º 6)", disse.
João Gomes Cravinho garantiu ainda aos deputados que "o campo de tiro de Alcochete vai continuar a ser utilizado", frisando que é compatível com o novo aeroporto. "Para além de e evitar transtornos desnecessários, representa também uma poupança muito significativa. Sair de Alcochete custaria qualquer coisa como 240 milhões de euros", diz.