A conversa telefónica entre a Presidente de Taiwan e Donald Trump na sexta-feira - e que provocou a fúria de Pequim - não foi mais do que uma conversa de cortesia, disse o seu futuro vice-presidente.
"Não foi mais do que pegar no telefone para responder a uma chamada de cortesia, um telefonema de felicitações por parte da dirigente democraticamente eleita de Taiwan", afirmou Mike Pence à estação de televisão ABC, sublinhando que Trump só será presidente de plenos direitos a partir de 20 de Janeiro.
A conversa de Donald Trump com Tsai Ing-wen, o primeiro contacto telefónico deste nível desde que Washington rompeu relações diplomáticas com Taipé, em 1979, suscitou um protesto formal dos chineses que lembraram a Trump que só "existe uma China e Taiwan é parte inalienável do território chinês".
"O Governo da República Popular da China é o único legítimo. Esta é a base política das relações sino-americanas", insistiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, instando "a parte envolvida a respeitar" este princípio.
Segundo os analistas, o episódio ilustra a inexperiência do Presidente eleito, mas não indica forçosamente uma mudança de linha.
Face às críticas, Trump escreveu na rede de mensagens curtas Twitter: "A Presidente de Taiwan TELEFONOU-ME para me felicitar pela vitória nas presidenciais. Obrigado".
Antes de acrescentar mais tarde: "Interessante o facto de os EUA venderem milhares de milhões de dólares de equipamento militar a Taiwan, mas eu não deveria aceitar um telefonema de felicitações".