O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza sublinha que não é altura para esmorecer no combate às situações de sem-abrigo.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu, na noite de Natal, que por causa da pandemia, terá que ser adiada a meta de 2023, que tinha sido estabelecida para acabar com as situações de sem-abrigo, em Portugal.
Numa primeira reação a esta declaração do Presidente da República, o padre Jardim Moreira diz à Renascença que não se pode deixar passar o tempo e que todos se devem empenhar, sem desânimo, para que a epidemia de pobreza seja contida.
“Acho que é necessário valorizar esse objetivo nacional que foi aprovado há poucas semanas pelo Conselho de Ministros e dar-lhe toda a aplicabilidade e todo o dinamismo de que a sociedade portuguesa precisa para entrarmos num trabalho em rede e articulado para que estes processos não se degradem mais”, diz.
“Não podemos deixar passar o tempo, devemo-nos empenhar todos, sem desânimo, para que esta epidemia de pobreza e de exclusão não aumente, e pelo contrário seja contida.”
O padre Jardim Moreira entende as palavras do Presidente da República como um apelo a mais empenho. “Acho que de facto não é para esmorecer, é um alerta para nos empenharmos mais na construção da resposta que é necessária aos portugueses que vivem nesta injustiça da exclusão.”