O presidente da Câmara de Viseu critica o abandono a que o Itinerário Principal (IP) 3 foi votado, dando como exemplo a sinalética deficiente e as placas queimadas pelos incêndios, que não foram substituídas.
"Não entendemos porque é que a Infraestruturas de Portugal não aposta na colocação de novo tapete, pois os remendos só pioraram; não compreendemos porque a sinalética é tão deficiente, já que num dia de nevoeiro é difícil perceber quando estamos dentro da estrada; também há placas queimadas dos incêndios que ainda não foram substituídas", elenca Almeida Henriques, que questiona o porquê de os separadores em betão não têm reflectores.
"O IP3 está completamente votado ao abandono", conclui.
"Tem sido o 'laissez-faire, laissez-passer', critica o autarca, acrescentando que as Infraestruturas de Portugal dizem que vai ser construída uma nova via e não investem nesta. Contudo, essa ligação "vai demorar algum tempo a fazer".
Almeida Henriques exige uma resolução imediata e já tomou medidas em conjunto com o autarca de Coimbra.
“Vamos solicitar uma reunião ao ministro das Infraestruturas, para discutirmos esta ligação Viseu-Coimbra, e o estado de degradação em que está o IP3. Hoje não é só a estrada da morte, a estrada de todos os perigos”, sublinha.
As declarações do autarca de Viseu foram feitas na mesma semana em que também a autarquia de Tondela aprovou por unanimidade uma moção que apela à requalificação desta via, que tem cerca de 72 quilómetros, entre Viseu e Coimbra, e é "diariamente atravessado por quase duas dezenas de milhar de veículos".
A moção alerta para os "muitos pontos críticos" do IP3, como "o troço entre Canas de Santa Maria/Valverde e Tondela (construído como variante a Tondela), onde durante a quadra natalícia ocorreram três acidentes graves, que causaram um morto e mais de uma dezena de feridos".