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Se um destes dias começar a ouvir sons de alerta, como se fosse bater no para-choques de alguém, e luzes ao nível dos olhos, não se assuste. Poderá ser um aviso do novo boné inteligente, de que está a menos de dois metros de outra pessoa, de alguém portador do novo “Smart Cap”.
A ideia não é nova e até já foi executada, ainda que de forma rudimentar, por um infantário em Portugal. A diferença, desta vez, está na tecnologia integrada pelo laboratório português Jack The Maker.
À primeira vista, parece um boné banal, não fossem os sensores de proximidade, “que quando alguém se aproxima num raio de dois metros de distância alerta, quer visualmente quer sonoramente”, explica à Renascença Tiago Alvorão, diretor criativo e fundador da tecnológica portuguesa.
Na prática, quando a distância mínima obrigatória é ultrapassada, a luz led na pala do chapéu dispara o alerta e é acionado um aviso sonoro progressivo, semelhante aos dos sistemas de assistência ao estacionamento nos automóveis.
Tiago Alvorão defende que “estamos há demasiado tempo numa cultura de medidas e soluções muito pouco interessantes”, daí esta iniciativa.
“É também trazer para as pessoas um bocadinho de originalidade, para que possam socializar de forma segura”, sublinha.
O protótipo está concluído e o laboratório português Jack The Maker já está a aceitar encomendas, mas só trabalha para marcas. São elas que vão definir o preço de venda ao público.
“Estamos a aceitar encomendas de marcas, o que significa que são sempre grandes encomendas, o mínimo que estamos a aceitar são 200 unidades. O preço fica por volta dos 25 a 35 euros, depende depois das encomendas”, diz Tiago Alvorão.
Já há interesse, dentro e fora do país, por estes bonés inteligentes. Segundo o director criativo, “pelo número de pedidos que nos têm feito, quer a nível de preço, quer a nível de disponibilidade, já percebemos que temos aqui um potencial interessante para levar até ao consumidor final”.